UFPI aprova mais de R$ 13 milhões em chamada pública da FINEP para investir em acervos científicos e culturais

Projetos da UFPI aprovados pela FINEP beneficiaram espaços, coleções e acervos de pesquisa

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) aprovou R$ 13.283.291,42 na chamada pública Identidade Brasil: Recuperação e Preservação de Acervos 2024, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que destina recursos para preservar, divulgar e restaurar acervos científicos, históricos e culturais do País.

A UFPI foi a Instituição de Ensino e Pesquisa do Piauí que mais aprovou projetos e mais obterá recursos para investir na inovação e conservação de seus acervos físicos ou virtuais. Foram sete projetos aprovados, que irão beneficiar espaços, coleções e acervos de pesquisa e de memória nos campi de Teresina, Picos e Floriano. 

Reitora da UFPI, Nadir Nogueira. Foto: Arquivo SCS/UFPI

Segundo a reitora Nadir Nogueira, com o investimento da Finep, a UFPI fortalece sua missão de salvaguardar o patrimônio científico e cultural do Piauí e de outros estados, reafirmando seu compromisso em ampliar o acesso da sociedade ao conhecimento e reconhecendo o esforço e a dedicação de seus pesquisadores.

“Queremos cumprimentar e parabenizar a todos os professores, pesquisadores que participaram nos subprojetos, numa pauta importante que trata desses acervos do ponto de vista cultural, do ponto de vista da educação, de uma maneira geral”, declarou a Reitora Nadir Nogueira. “Há muito tempo, não tínhamos nenhuma agência de fomento trabalhando com esses acervos, então a gente deseja êxito a cada equipe que foi contemplada com esses recursos”, completou.

 

Projetos da UFPI contemplados pela chamada da FINEP

Na linha de financiamento Acervos Científicos, a Coleção Zoológica da UFPI, em Teresina, receberá R$ 2.332.892,14 para investir em preservação, divulgação e restauração do acervo; em Floriano, o Núcleo de História Natural da UFPI vai receber R$ 2.162.968,93 para modernização; e o Herbário “Graziela Barroso” em Teresina conquistará R$ 2.309.087,34 para implementar projeto de modernização e segurança do acervo.

Já na linha de financiamento voltada a acervos históricos e culturais, o Núcleo de Antropologia Pré-Histórica da UFPI, em Teresina, vai receber R$ 2.966.882,35 para ações de pesquisa, conservação, restauração e divulgação do acervo; o Núcleo de Pesquisa e Documentação em História, em Picos, aprovou financiamento de R$ 874.406,42 para investir no projeto “Sanatório Meduna: Arquivos, Conservação e Gestão de Documentos Históricos”; a Biblioteca Comunitária Carlos Castelo Branco irá receber R$ 1.018.182,09 para o projeto “Acervo Piauí: Preservação e Popularização”; e o Museu Virtual de História do Piauí, vinculado ao Curso de História do Campus de Teresina, será contemplado com R$ 1.618.872,15 para conservação e restauração do acervo documental.

Pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Rodrigo Veras

O pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Rodrigo Veras, explica que a aprovação dos recursos vai tornar mais acessível às futuras gerações parte do inestimável patrimônio científico e histórico-cultural sob a guarda da UFPI, ao proporcionar digitação, restauração e melhor estruturação dos acervos.

“Esse financiamento contribuirá para superar alguns desafios de modernização e conservação de acervos, viabilizando a aquisição de equipamentos modernos, a implementação de medidas de segurança e a adoção de tecnologias inovadoras”, explica o professor Rodrigo Veras.

A pesquisadora Ana Luísa Lage, do curso de Arqueologia e Conservação de Arte Rupestre da UFPI, coordenou o projeto que conquistou o maior aporte para a Universidade, e que beneficiará o Núcleo de Antropologia Pré-Histórica (NAP), a primeira instituição de guarda do Piauí, reconhecida pelo IPHAN.

Os recursos serão destinados para que o NAP, localizado no Museu de Arqueologia e Antropologia/CCN, invista na guarda e pesquisa de bens arqueológicos e paleontológicos. As mudanças incluirão modernização de mobiliário, compra de equipamentos, melhorias no acondicionamento de acervos, ações preventivas de restauração de artefatos, como ossadas, documentação integral da coleção e capacitação de técnicos. 

“Com essas melhorias, será viável a instalação de um sistema de visitas guiadas à Reserva Técnica e a disponibilização do acervo digital online, ampliando o acesso ao conhecimento e promovendo uma maior integração entre a comunidade científica e o público não-acadêmico”.

O resultado da chamada pública está disponível no site da Finep.