I Seminário sobre Políticas Públicas Inclusivas debate sobre equidade em saúde no SUS e na Educação Superior

Evento aconteceu no âmbito do PPG em Enfermagem

O I Seminário sobre Políticas Públicas Inclusivas: Direcionamentos para a Gestão e Promoção da Equidade em Saúde no SUS e na Educação Superior foi realizado no dia 17 de janeiro pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENf) da Universidade Federal do Piauí (UFPI). O evento integrou as atividades da disciplina “Gestão e Políticas de Saúde”, ministrada pela professora Márcia Astrês Fernandes, com o apoio do pós-doutorando. Jefferson Abraão. Seu objetivo foi promover o debate sobre a inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e no Sistema de Educação Superior.

Mesa de discussão

O seminário contou com a presença de importantes especialistas, como Camila Hanna Morais, advogada e coordenadora de Trabalho, Emprego, Renda, Lazer e Paradesporto na Secretaria para Inclusão da Pessoa com Deficiência do Piauí (SEID);  Fábio Abreu dos Passos, professor do Programa de Pós-Graduação em Filosofia e coordenador de Inclusão, Diversidade, Equidade e Acessibilidade da UFPI; Filipe Silva, coordenador de Equidade em Saúde na Secretaria de Saúde do Piauí (SESAPI); Joseane Gomes, diretora de Promoção da Cidadania LGBTQIAPN+ na Superintendência de Direitos Humanos da Secretaria de Assistência Social; e Mateus Cunha, graduando em Enfermagem, que compartilhou sua vivência sobre a inclusão na universidade.

O seminário abordou temas relevantes, como a Política Nacional de Atenção à Pessoa com Deficiência, políticas educacionais inclusivas na UFPI, ações voltadas à população LGBTQIAPN+ e o acesso à saúde das populações vulnerabilizadas, destacando avanços e conquistas no Piauí.

Camila Hanna, da SEID, ressaltou o evento como uma oportunidade única para compartilhar experiências e discutir as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência no SUS, especialmente em relação ao acesso, atendimento e acolhimento. Ela enfatizou que trazer essa temática para o ambiente acadêmico contribui para a formação de profissionais mais empáticos e sensíveis às necessidades de grupos diversos.

O professor Fábio Abreu destacou que as mudanças no perfil dos estudantes da UFPI exigem ações afirmativas voltadas à diversidade, inclusão e acessibilidade, visando atender de forma mais eficaz a todos os segmentos da comunidade acadêmica.

Filipe Silva, coordenador de Equidade em Saúde na SESAPI, abordou as dificuldades enfrentadas por grupos vulnerabilizados e a necessidade urgente de disseminar essas questões entre os profissionais de saúde, para garantir um atendimento mais inclusivo e eficaz.

A professora Márcia Astrês, organizadora do evento, salientou que, embora o Brasil tenha avançado nos últimos anos na implementação de políticas públicas para incluir populações historicamente marginalizadas, ainda persistem desafios significativos. “Grupos como LGBTQIA+ e pessoas com deficiência continuam a enfrentar barreiras no acesso a serviços de saúde de qualidade e, muitas vezes, se sentem intimidadas ou excluídas devido a práticas discriminatórias e à falta de estrutura nos serviços de saúde”, acrescentou.

Por fim, as discussões enfatizaram a importância de um debate contínuo sobre os avanços e desafios do SUS, com foco em um sistema baseado nos princípios da equidade, universalidade e integralidade, garantindo que esses valores permeiem toda a assistência à saúde e o acesso mais igualitário ao sistema educacional e à sua permanência.